quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Sônia Guajajara na Finlândia

Líder indígena Sônia Guajajara na Filândia

Conheci Sônia Guajajara (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira - COIAB)  durante a Semana dos Povos Indígenas no Maranhão, desde então tenho me impressionado com seu desenvolvimento político:articulação, oratória e liderança. Vez ou outra nos falamos pelo MSN, ela na Dinamarca, Rio, Manaus...e agora manda notícias de sua passagem pela Finlândia. O texto veio por email e resume sua participação no evento, leiam:

“A política de desenvolvimento no Brasil é baseada em grandes obras e estas obras visam apenas o desenvolvimento econômico”, afirmou a vice-coordenadora da COIAB, Sonia Guajajara, que participou na semana passada, de uma série de palestras e atividades em Helsinque, na Finlândia, sobre desenvolvimento e os direitos indígenas. O evento teve a organização da Fundação SIEMENPUU.

O evento foi uma grande articulação, onde os representantes indígenas e minorias de diversas partes do mundo, como Indonésia, Índia, África, América Latina puderam falar um pouco das suas histórias de luta e resistência, com o objetivo de denunciar o drama dessas realidades.

Para a liderança da Amazônia, os relatórios que a comunidade europeia recebe do governo brasileiro não dizem a verdade. “Aqui vocês podem receber a notícia de que o Brasil vai bem, que o país está crescendo. Entretanto, só cresce para os políticos e latifundiários, donos do capital, ao contrário do que é propagandeado para o exterior. Essas informações que o Brasil divulga, não dizem que quanto mais o país cresce economicamente mais os povos indígenas são marginalizados, mais aumenta a situação de vulnerabilidade e mais direitos são violados”, afirmou Sonia.

A líder Guajajara denunciou ainda que as convenções internacionais, das quais o Brasil é signatário, não são respeitadas e não passam de simples letras no papel. “Por mais que se tenham Direitos, como na Constituição, na Declaração da ONU e Convenção 169 da OIT, não quer dizer muito, porque esses direitos não são cumpridos. Então recomendo ao país da Finlândia que defenda a continuidade do apoio da União Europeia e do Conselho Europeu para os povos indígenas no Brasil, pois a realidade dos povos indígenas continua necessitando de ajuda estrangeira para lutar pela implementação de direitos”.

Sonia Guajajara lembra que a União Europeia está, assim como muitos parceiros internacionais, retirando o apoio aos projetos sociais no Brasil, em virtude dessa propaganda que o Governo Brasileiro garante ir tudo bem por aqui. “O Brasil pode ser uma grande potência, mas o governo não respeita os direitos dos povos indígenas. Para nós a miséria só tem aumentado, pois o país cresce à custa de nossas riquezas”.


A Fundação SIEMENPUU também organizou um festival de filmes com o tema “Deslocamentos causados pelo desenvolvimento e problemas ambientais”.
“A política de desenvolvimento no Brasil é baseada em grandes obras e estas obras visam apenas o desenvolvimento econômico”, afirmou a vice-coordenadora da COIAB, Sonia Guajajara, que participou na semana passada, de uma série de palestras e atividades em Helsinque, na Finlândia, sobre desenvolvimento e os direitos indígenas. O evento teve a organização da Fundação SIEMENPUU.
O evento foi uma grande articulação, onde os representantes indígenas e minorias de diversas partes do mundo, como Indonésia, Índia, África, América Latina puderam falar um pouco das suas histórias de luta e resistência, com o objetivo de denunciar o drama dessas realidades.

Para a liderança da Amazônia, os relatórios que a comunidade europeia recebe do governo brasileiro não dizem a verdade. “Aqui vocês podem receber a notícia de que o Brasil vai bem, que o país está crescendo. Entretanto, só cresce para os políticos e latifundiários, donos do capital, ao contrário do que é propagandeado para o exterior. Essas informações que o Brasil divulga, não dizem que quanto mais o país cresce economicamente mais os povos indígenas são marginalizados, mais aumenta a situação de vulnerabilidade e mais direitos são violados”, afirmou Sonia.

A líder Guajajara denunciou ainda que as convenções internacionais, das quais o Brasil é signatário, não são respeitadas e não passam de simples letras no papel. “Por mais que se tenham Direitos, como na Constituição, na Declaração da ONU e Convenção 169 da OIT, não quer dizer muito, porque esses direitos não são cumpridos. Então recomendo ao país da Finlândia que defenda a continuidade do apoio da União Europeia e do Conselho Europeu para os povos indígenas no Brasil, pois a realidade dos povos indígenas continua necessitando de ajuda estrangeira para lutar pela implementação de direitos”.

Sonia Guajajara lembra que a União Europeia está, assim como muitos parceiros internacionais, retirando o apoio aos projetos sociais no Brasil, em virtude dessa propaganda que o Governo Brasileiro garante ir tudo bem por aqui. “O Brasil pode ser uma grande potência, mas o governo não respeita os direitos dos povos indígenas. Para nós a miséria só tem aumentado, pois o país cresce à custa de nossas riquezas”.
A Fundação SIEMENPUU também organizou um festival de filmes com o tema “Deslocamentos causados pelo desenvolvimento e problemas ambientais”. 

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